A Serra d'Ossa vista por Sebastião da Gama: A Serra d'Ossa!... Era um nome no mapa... um vago som no ouvido, teimoso ali desde a 4.ª classe... Mas o Carmelo, mas o Vermelho, mas o Aníbal falavam da Serra d'Ossa com o mesmo entusiasmo com que eu lhes falava da Arrábida. E fomos. Era na Primavera, pelo começo da tarde. As estevas é que deram o sinal de já estarmos na Serra: um aroma rijo, primitivo, chegou até nós, entrara pela janela aberta (íamos de automóvel, covardemente). E então parámos. Qual nome perdido no mapa! A Serra d'Ossa ali estava - rasgada de vales, farta de longes. E verde, verde, verde... Um azul perfeito a cobri-la... E o sol? A meia encosta, um convento. Jardins de buxo, calada de claustros. Sombras do tempo dos frades. Cisma. Mas eu queria novamente o sol. E descemos então por caminhos de cabras - que para vergonha dos homens conheceram antes deles a Serra d'Ossa. Eu nunca estive na Côte d'Azur - e tenho pena. Nem vi Capri - e tenho pena. Mas dos que me lêem poucos terão visto a Serra d'Ossa - e também tenho pena. Ali é que a água rompe virgem. Trilha-se o carreiro ao som da água, bebe-se na concha das mãos a água que sai pura do íntimo da Serra. Zé, lança à malta da Rádio Despertar Voz de Estremoz o repto de olharem e amarem a Serra d'Ossa tal como Sebastião da Gama a amou!
A Serra d'Ossa vista por Sebastião da Gama:
ResponderEliminarA Serra d'Ossa!... Era um nome no mapa... um vago som no ouvido, teimoso ali desde a 4.ª classe... Mas o Carmelo, mas o Vermelho, mas o Aníbal falavam da Serra d'Ossa com o mesmo entusiasmo com que eu lhes falava da Arrábida. E fomos. Era na Primavera, pelo começo da tarde. As estevas é que deram o sinal de já estarmos na Serra: um aroma rijo, primitivo, chegou até nós, entrara pela janela aberta (íamos de automóvel, covardemente). E então parámos. Qual nome perdido no mapa! A Serra d'Ossa ali estava - rasgada de vales, farta de longes. E verde, verde, verde... Um azul perfeito a cobri-la... E o sol?
A meia encosta, um convento. Jardins de buxo, calada de claustros. Sombras do tempo dos frades. Cisma.
Mas eu queria novamente o sol. E descemos então por caminhos de cabras - que para vergonha dos homens conheceram antes deles a Serra d'Ossa. Eu nunca estive na Côte d'Azur - e tenho pena. Nem vi Capri - e tenho pena. Mas dos que me lêem poucos terão visto a Serra d'Ossa - e também tenho pena.
Ali é que a água rompe virgem. Trilha-se o carreiro ao som da água, bebe-se na concha das mãos a água que sai pura do íntimo da Serra.
Zé, lança à malta da Rádio Despertar Voz de Estremoz o repto de olharem e amarem a Serra d'Ossa tal como Sebastião da Gama a amou!